A Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul (Fehosul) realizou Assembleia Geral no dia 19 de fevereiro de 2016, na sua sede social, em Porto Alegre. Foram temas de pauta a discussão e aprovação do relatório e prestação de contas da Diretoria e Parecer do Conselho Fiscal referente ao exercício de 2015; discussão e aprovação da previsão orçamentária para o exercício de 2016; discussão e decisão sobre a Contribuição Social-Confederativa do sistema confederativo de representação sindical patronal da saúde, no Estado do Rio Grande do Sul, para o exercício de 2016; eleição da Diretoria, Conselho Fiscal e Delegados da Fehosul junto à Confederação Nacional de Saúde (CNS), para o período 2016/2019, questões relativas às negociações coletivas de trabalho e relações com SUS e Ipe-Saúde.
Na Assembleia Ordinária realizada na parte da manhã, foi apresentado o Relatório 2015 em forma impressa, que será disponibilizado no site da Fehosul nos próximos dias. No quesito prestação de contas, a Fehosul conseguiu alcançar uma diminuição de suas despesas, na ordem de 6%, o que foi exaltado pelo presidente Cláudio Allgayer. “Conseguimos discutir os contratos com nossos fornecedores e implementamos políticas internas de controle de custos. Mesmo assim foi mantido o nosso compromisso com o investimento em aperfeiçoamento e treinamentos oferecidos aos nossos representados, além das atividades rotineiras da Fehosul ”, disse o presidente.
A situação dos Laboratórios de Análises Clínicas teve uma atenção especial nas discussões. O presidente do Sindilac, o farmacêutico-bioquímico Luiz Cesar Leal Neto, externou as preocupações dos empresários do setor. “Muitos das empresas estão fechando, ou vão fechar nos próximos meses” disse. Os presidentes dos sindicatos de Pelotas e da Região Centro, farmacêutico-bioquímico Maurício Guimarães e a médica Ana Maria Zimmermann, concordaram com a exposição de Luiz César, dizendo que nas suas bases territoriais, a situação também é crítica pelos baixos valores remuneratórios e aumento do valor dos insumos. Ficou acordado que a Fehosul e o Sindilac irão estabelecer estratégias de ação para auxiliar de forma prática a especialidade.
Após a atividade da parte da manhã, foi iniciada a Assembleia Extraordinária onde foram apreciados os seguintes temas: discussão e aprovação de medidas referentes ao SUS e IPERGS; discussão e encaminhamento da programação de capacitação e eventos para 2016; discussão e aprovação da posição da quanto ao ICH-RS; posição frente a possível implantação da CPMF, pelo Governo Federal; e outros assuntos gerais.
O economista Fernando Torelly, anunciado no dia 17 como Diretor Executivo do Hospital Sírio-Libanês de São Paulo, foi parabenizado pelos presidentes dos sindicatos e conselheiros da Fehosul. Torelly, que é presidente do Sindihospa, passou a fazer parte da direção da Fehosul neste ano. O dirigente reforçou o dramático momento econômico brasileiro e defendeu uma mudança de postura dos empresários e executivos da saúde, que devem redobrar a atenção na gestão e no controle dos custos. Ele garantiu que “manterá colaborando com ideias, trazendo experiências de mercados como São Paulo e Distrito Federal [onde o Sírio possui unidades atualmente], e futuramente do Rio de Janeiro [onde será instalada uma unidade do grupo].
O diretor executivo da Fehosul, médico Flávio Borges, fez um relato dos acontecimentos relativos ao cofinanciamento do SUS junto à Secretaria da Saúde do Estado, além de questões debatidas com o Ipergs. Entre elas, home care, atualização de contratos com as prefeituras, glosas, Grupo de Trabalho Intersetorial e principalmente, o Preço de Referência de Medicamentos (PRM). Nesta parte dos esclarecimentos, Torelly, que participa das discussões representando a Associação dos Hospitais (AHRGS), externou “que construir um modelo de remuneração em quatro meses é impossível. Devemos estar atentos em relação aos desdobramentos deste item”. O presidente da Fehosul, médico Cláudio Allgayer, endossou os apontamentos, e relatou algumas ações que a Fehosul vem trabalhando para mostrar os ganhos e as perdas, para todos os lados [Ipergs, prestadores e usuários], com reflexos diretos também para a imagem do governo. O administrador Alceu Alves da Silva, diretor do Sindihospa reforçou que “mudanças drásticas no relacionamento entre Ipergs e os prestadores, que impactam diretamente no equilíbrio econômico-financeiro das instituições, poderá fazer com que os usuários fiquem desassistidos em serviços essenciais”, disse. Foi instituído, por unanimidade, Assembleia Geral Permanente (AGP), para acompanhar o tema e manter todos os envolvidos informados acerca das últimas definições.
Na parte final, o assessor jurídico da Fehosul, José Pedro Pedrassani, falou sobre as convenções coletivas e os processos de negociações. Os dirigentes e presidentes dos sindicatos relataram como vem sendo negociados os reajustes salariais com os sindicatos profissionais de cada região e a impossibilidade, face à atual crise econômica, de ser concedida a reposição do INPC pleno aos trabalhadores.
A assembleia também apreciou a possível reimplantação da CPMF pelo governo federal, tendo se manifestado – por unanimidade – contrária à proposição. Segundo o presidente da Fehosul “eu já fui favorável no passado à CPMF, mas nas condições atuais em que o governo federal não faz ‘o seu tema de casa’, cortando gastos da burocracia, a sociedade brasileira não pode concordar com o aumento de impostos, que vem sacrificar a todos”, finalizou Cláudio Allgayer.
Estiveram presentes os seguintes sindicatos e os seus respectivos presidentes e/ou diretores:
Sindicato da Região Centro – Ana Maria Zimmermann
Sindicato de Pelotas – Maurício Guimarães
Sindicato Região Nordeste – Cleciane Doncatto Simsen
Sindicato Região Serrana – Fernando Scarpellini Pedroso
Sindicato Vale do Rio Pardo e Taquari – Ozório Sampaio Menezes
Sindihospa – Fernando Andreatta Torelly (presidente) e Alceu Alves da Silva (Conselho Fiscal)
Sindilac – Luiz Cesar Leal Neto
Pela Fehosul estiveram presentes, além do presidente e do diretor executivo, Ângela Perin (Diretora), Luiz Alberto Tarragô de Carvalho (Secretário Geral) e André Allgayer (conselheiro).
Na mesma oportunidade foi eleita a nova diretoria da Fehosul para o triênio 2016/2019, cuja nominata é a seguinte:
DIRETORIA
Presidente: Cláudio José Allgayer
Vice-Presidente: Pedro Bandarra Westphalen
Secretário Geral: Ozório Sampaio Menezes
Tesoureiro: Luiz Alberto Tarragô de Carvalho
Diretores:
André Kuhn
Ângela Maria Perin
Cleciane Doncatto Simsen
Fernando Andreatta Torelly
Fernando de Mello Gomes
Fernando Scarpellini Pedroso
Luiz César Leal Neto
Maurício de Abreu e Lima Guimarães
CONSELHO FISCAL
Titulares:
Adalberto Broecker Neto
Irineu Keiserman Grinberg
Ana Maria Zimmermann
Suplentes:
Odacir Vicente Binotto Rossato
Hilton Roese Mancio
André Gustavo Reif Allgayer
DELEGADOS JUNTO A CNS
Titular: Cláudio José Allgayer
Suplente: Pedro Bandarra Westphalen